VALÊNCIA, 10 de nov de 2005 às 14:36
Ao considerar que "a democracia se faz mais autêntica quanto mais participativa é uma sociedade", o Arcebispo de Valência, Dom. Agustín García-Gasco, animou a participar da manifestação a favor da qualidade educativa do próximo dia 12 de novembro em Madri porque a Lei Orgânica de Educação (LOE) apresenta "deliberados ataques" à liberdade de ensino.Assim expressou o Prelado em sua carta intitulada "Manifestar-se é desfrutar da democracia", em que assinala que a "participação de um povo na orientação do bem comum é a autêntica festa da democracia".
Ao referir-se ao projeto de LOE que está em tramitação, Dom García-Gasco assinala que "apresenta graves carências e deliberados ataques ao não respeitar o direito dos pais a escolher o tipo de educação que querem para seus filhos".
Segundo o Arcebispo, na reforma educativa impulsionada pelo Governo "continuam recortando o valor acadêmico da religião na escola e continuam impondo obstáculos ao direito constitucional de criação de centros educativos". Do mesmo modo, "tenta-se aplicar um modelo de educação principalmente estatal e laicista, e se vê como resíduos marginais a extinguir as iniciativas que desde a liberdade querem criar centros segundo o ideário dos pais".
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Em sua missiva desta semana, o Prelado adverte que "se os nos governa quiserem impor sua maneira de entender a vida, e fazer da família cristã e seus projetos educativos uma realidade perseguida, é inevitável que as próprias famílias tomem partido no assunto e expressem o que legitimamente devem expressar em uma democracia".
Depois de apoiar o ensino público estatal, o Arcebispo lembra que "muitos professores e alunos católicos vão a ele" e que defendê-lo "não consiste em atacar o de iniciativa social".
Mais adiante, o Arcebispo expressa sua inquietação sobre as tentativas de silenciar os protestos contra a reforma educativa, aludindo àqueles membros do Governo que "assinalam com o dedo acusador as expressões da liberdade de opinião ou de liberdade de manifestação que não convêm". A este respeito, o Prelado expressa que "tais desaforos não devem atemorizar ninguém, nem coagir o livre exercício da participação democrática".
Depois de evocar a manifestação em defesa da família no mês de junho passado "com uma nova cara social massivo e pacífico de participação cidadã, apesar de quem tentou silenciá-la, emudecê-la e diminuí-la" , o Arcebispo mostra sua convicção de que nos dia 12 "se voltará a ver este rosto social e pacífico que nenhum democrata pode atacar ou pressionar" porque a democracia "está para ser usufruída, e manifestar-se neste sábado será uma festa em liberdade e em defesa da liberdade".